quinta-feira, novembro 21, 2024
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Justiça suspende obrigatoriedade do ‘Atesta CFM’ para atestados médicos

A Justiça Federal suspendeu o uso obrigatório da plataforma “Atesta CFM” para emissão e validação de atestados médicos, um sistema digital criado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para reduzir falsificações. A decisão veio após uma ação do Movimento Inovação Digital, com o juiz Bruno Anderson Santos apontando que o CFM teria extrapolado sua competência ao impor a plataforma, uma medida que caberia a órgãos como a Anvisa e o Ministério da Saúde.

Argumentos e Decisão Judicial

O juiz destacou preocupações como a possível concentração de mercado e a eliminação de atestados físicos, além de riscos para a proteção de dados pessoais dos pacientes. A ação também questionou a eficácia da plataforma no combate a fraudes, argumentando que o CFM não apresentou dados suficientes para justificar a medida.

CFM pretende recorrer

O CFM, em nota, defendeu a legalidade da plataforma, afirmando que o Atesta CFM foi desenvolvido em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e não visa monopólio, pois integra com outras plataformas médicas. O Conselho pretende recorrer da decisão, ressaltando que o sistema visa combater fraudes e promover a segurança de pacientes e empregadores, possibilitando a validação dos atestados em tempo real.

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