Com as eleições presidenciais americanas em andamento, mais de 78 milhões de americanos já submeteram seu voto de forma antecipada, representando cerca de um terço dos eleitores registrados. Esse número equivale a quase metade de todos os votos registrados nas eleições de 2020, quando 154 milhões de eleitores compareceram às urnas para eleger Joe Biden. A adesão ao voto antecipado reflete o crescente interesse dos americanos por esse método, que se consolidou nos últimos anos.
Democratas lideram nas urnas antecipadas
Dados da Universidade da Flórida mostram que 37,9% dos votos antecipados foram de eleitores democratas, em comparação com 36% dos republicanos. Já 26% dos eleitores que votaram antecipadamente são independentes ou não estão registrados em nenhum partido. Embora esses números não indiquem uma vitória definitiva para a candidata Kamala Harris, sua campanha celebra a participação robusta de eleitores democratas, que pode favorecer sua candidatura nos estados-chave onde a disputa com Donald Trump está acirrada.
Longas filas e alta participação em estados críticos
Em estados como Nova York e Georgia, a participação antecipada tem sido expressiva. Em Nova York, mais de 2,2 milhões de eleitores já votaram, e as sessões de votação vêm registrando filas e grande movimento. Na Georgia, 4 milhões de pessoas já votaram, representando 80% dos eleitores registrados, um número surpreendente para uma eleição antecipada.
Trump tenta mobilizar eleitores republicanos
Diferente de 2020, quando os republicanos criticaram o voto antecipado, Donald Trump agora busca incentivar seus eleitores a votar, principalmente sua base mais radical, que mostrou baixa participação no último pleito. Em seus comícios recentes, Trump intensificou um discurso mais agressivo para engajar seus apoiadores a comparecerem às urnas, buscando garantir o máximo de votos possível até o dia oficial da eleição.
Esses esforços refletem a estratégia dos republicanos de evitar uma repetição de 2020, em que muitos eleitores pró-Trump deixaram de votar. A campanha aposta na mobilização de sua base, ao invés de focar nos eleitores moderados, para aumentar suas chances de sucesso.