Endometriose: atendimentos na atenção primária do SUS crescem 76,2% em três anos e impulsionam debate
Dor intensa durante a menstruação não é normal. Essa é uma das principais mensagens que o Ministério da Saúde busca disseminar em um cenário onde milhões de pessoas no Brasil convivem com a endometriose, uma doença crônica que pode causar dores incapacitantes e comprometer gravemente a qualidade de vida. Para enfrentar essa realidade e ampliar a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce, o Ministério da Saúde promoverá, em parceria com a Beneficência Portuguesa, um webinário sobre o tema, voltado tanto para profissionais da saúde quanto para o público geral. O evento será realizado na próxima quinta-feira (13), às 11h, e é gratuito.
Os dados são alarmantes: em 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 82.693 atendimentos na atenção primária relacionados ao diagnóstico da endometriose. Esse número subiu para 115.765 em 2023, e os dados preliminares de 2024 já indicam um total de 145.744 atendimentos. Essa variação revela um crescimento de aproximadamente 76,24% nos atendimentos em apenas três anos, refletindo uma maior demanda e um esforço para melhorar o atendimento nas unidades de saúde.
Entretanto, apesar do aumento na busca por atendimento, a endometriose ainda é cercada de estigmas culturais que prejudicam a identificação qualificada dos sintomas. Renata de Souza Reis, coordenadora-geral de Atenção à Saúde das Mulheres, destaca a importância da atenção primária no combate ao estigma que naturaliza a dor menstrual. "Esperamos que, com este evento, possamos trazer mais informações para garantir o cuidado adequado e ajudar a reduzir o tempo que essas pessoas levam para receber tratamento", afirma Reis.
O que é a endometriose?
A endometriose é uma condição em que células semelhantes ao endométrio, que é o tecido que reveste o útero, crescem em outras partes do corpo, principalmente na região pélvica. Essas células reagem às variações hormonais do ciclo menstrual, podendo causar inflamação, dor e formação de tecido cicatricial, conhecido como aderências. A doença é mais comum entre mulheres em idade reprodutiva e pessoas designadas do sexo feminino ao nascer.
Estudos indicam que o diagnóstico e o tratamento da endometriose enfrentam grandes desafios, devido ao conhecimento ainda limitado sobre suas causas e funcionamento. A média de tempo para diagnóstico varia de 6 a 7 anos, o que evidencia a necessidade urgente de maior conscientização e educação sobre o tema.
Os sintomas mais comuns incluem cólicas menstruais intensas que não são aliviadas por analgésicos comuns, dor pélvica fora do período menstrual, inchaço abdominal, dor durante a relação sexual e alterações intestinais bruscas durante a menstruação, como diarreia ou constipação.
Sobre o webinário
O webinário "Dor não é normal: Conscientização sobre a Endometriose" tem como objetivo instrumentalizar os profissionais da saúde para a identificação precoce da doença, que afeta a qualidade de vida de milhares de mulheres. Durante o evento, especialistas discutirão sinais da endometriose e a necessidade de desmistificar a dor intensa como uma parte normal do ciclo menstrual. A transmissão ocorrerá ao vivo no canal do DATASUS e acessível ao público geral.
Esta iniciativa também contará com uma roda de conversa interna, exclusiva para trabalhadoras do Ministério da Saúde, com foco em compartilhar experiências e práticas de atendimento.
Perguntas Frequentes sobre a Endometriose
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O que é endometriose?
- A endometriose é uma condição em que células do endométrio crescem fora do útero, em áreas como ovários e trompas de falópio, causando dor intensa e outros sintomas.
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Quais os principais sintomas da endometriose?
- Os principais sintomas incluem cólicas menstruais intensas, dor pélvica fora do período menstrual, dor durante relações sexuais, e alterações intestinais durante a menstruação.
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Como é feito o diagnóstico da endometriose?
- O diagnóstico pode ser desafiador e geralmente envolve exames clínicos, ultrassonografia e, em alguns casos, laparoscopia, que permite uma visualização direta das áreas afetadas.
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Qual a taxa de atendimento da endometriose no SUS?
- Nos últimos três anos, o SUS registrou um aumento de 76,24% nos atendimentos relacionados à endometriose na atenção primária, passando de 82.693 atendimentos em 2022 para 145.744 em 2024.
- O que pode ser feito para tratar a endometriose?
- O tratamento pode incluir medicamentos para o controle da dor, terapias hormonais e, em casos mais severos, intervenções cirúrgicas. O diagnóstico precoce é fundamental para garantir eficiência no tratamento.
Fonte
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