Conflito Comercial EUA-China Se Intensa com Nova Rodada de Tarifas e Investigações
A primeira semana de fevereiro de 2025 marca um novo capítulo nas tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China. Os EUA recentemente implementaram tarifas de 10% sobre produtos importados da China, e como resposta, o governo chinês decidiu adotar suas próprias medidas, que incluem não apenas tarifas, mas também investigações antitruste envolvendo a gigante tecnológica Google.
Embora autoridades chinesas não tenham oficialmente caracterizado essas ações como retaliação, o sincronismo das medidas sugere o contrário. A Google, que não opera em grande escala na China desde 2010, quando seus serviços principais foram bloqueados devido a preocupações com censura, ainda mantém uma presença no país através de vendas de hardware e pesquisas em inteligência artificial.
A nova ação da China contra a Google representa uma escalada nas tensões, com o governo acusando a empresa de violar leis antimonopólio. Além disso, a China impôs tarifas que vão de 10% a 15% sobre produtos importados dos EUA, com a taxa mais alta incidindo sobre carvão e gás natural liquefeito, enquanto outros itens como óleo bruto e veículos também terão um imposto de 10%.
As restrições não se limitam apenas às tarifas. O governo chinês também anunciou um controle mais rigoroso sobre a exportação de matérias-primas críticas, como tungstênio e molibdênio, afetando negócios com os Estados Unidos. Além disso, duas empresas americanas, a PVH Group, conhecida por marcas como Calvin Klein e Tommy Hilfiger, e a Illumina Inc, especializada em biotecnologia, foram recentemente adicionadas à lista de entidades não confiáveis da China.
O Ministério do Comércio da China justifica essas ações alegando que as empresas norte-americanas têm adotado medidas discriminatórias em relação às companhias chinesas, resultando em um escrutínio maior para operar no país.
Com a crescente escalada nas tarifas e restrições, analistas temem que a rivalidade econômica entre as duas potências possa impactar significativamente o comércio global e as relações diplomáticas, intensificando a incerteza nos mercados financeiros.
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A situação permanece em evolução, com especialistas monitorando de perto as repercussões destas novas políticas comerciais.
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